O FMI destaca a estabilidade económica da Costa Rica e recomenda o avanço das reformas fiscais e financeiras

O FMI destaca a estabilidade económica da Costa Rica e recomenda o avanço das reformas fiscais e financeiras

O diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a Avaliação Pós-Financiamento (AFP) da Costa Rica, confirmando as conclusões anteriores da sua equipa técnica e destacando a estabilidade das bases económicas e das políticas públicas do país. Em segundo lugar, a Costa Rica mantém um crescimento sólido, com planos para atingir o seu nível potencial no próximo ano, podendo estar no nível mais baixo neste cenário. Da mesma forma, espera-se que a inflação convirja para a meta estabelecida pelo Banco Central da Costa Rica (BCCR), ou que reflita uma gestão adequada da política monetária.

O FMI destacou também que o mercado de trabalho costarriquenho tem apresentado um desempenho positivo, contribuindo para uma redução significativa da pobreza e para a melhoria das condições sociais. Quanto à capacidade do país de cumprir as suas obrigações financeiras, a instituição considerou que a Costa Rica tem as condições necessárias para reembolsar os empréstimos do Fundo. Esta análise foi realizada tanto em cenários base como em orçamentos de forte estresse, destacando forçosamente as reformas, dois planos políticos e as instituições que apoiam estes projetos.

Na área da consolidação fiscal, o FMI recomenda continuar a seguir o Quadro Fiscal de Médio Prazo e respeitar a Regulamentação Fiscal. Estas ferramentas são essenciais para garantir a sustentabilidade das finanças públicas. Além disso, a agência destacou que a redução das despesas não essenciais, aliada à otimização dos recursos, permitirá aumentar o investimento social e as infraestruturas, ao mesmo tempo que contribuirá para a redução do peso das receitas públicas. O Conselho salientou também a importância de concluir as reformas legislativas pendentes, uma vez que estas ajudarão a reforçar a gestão da divisão e a reduzir os custos associados ao financiamento fiscal.

Por outro lado, o FMI avaliou positivamente o ajuste do Banco Central da Costa Rica (BCCR) na regulamentação do Imposto sobre Política Monetária (MPR). Segundo o relatório, o BCCR ajustou corretamente esta ferramenta fundamental, permitindo a manutenção da estabilidade económica num ambiente global desafiador. Portanto, o Fundo recomendou que o Banco Central limitasse as suas intervenções no mercado cambial, utilizando-as apenas para resolver condições desordenadas que pudessem afectar a estabilidade do sistema. Além disso, sugiro que o BCCR esteja preparado para reduzir ainda mais a tributação das condições ou exigências económicas, sempre com base numa análise rigorosa dos dados disponíveis.

Não que diga respeito ao sistema financeiro, ou que o FMI tenha apreciado os esforços envidados para reforçar as medidas de supervisão e resolução. As recentes intervenções nas instituições financeiras não bancárias são consideradas adequadas, uma vez que conseguem minimizar os efeitos colaterais e preservar a estabilidade do sistema. No entanto, a agência destaca a necessidade de avançar na aprovação de reformas legais pendentes que fortaleçam o quadro de resolução bancária e garantam a proteção dos depósitos. Estas medidas são essenciais para consolidar a confiança no sistema financeiro e garantir a sua resiliência face a possíveis desafios futuros.

Em resumo, o FMI destacou a solidez da economia costarriquenha e os progressos alcançados na gestão das políticas públicas, ao mesmo tempo que destacou áreas-chave onde é necessário manter uma abordagem reformista. Entre eles estão a consolidação fiscal, a otimização das despesas públicas e o fortalecimento do quadro regulatório do sistema financeiro. Estas ações serão fundamentais para que a Costa Rica continue no caminho do crescimento sustentável e da estabilidade económica.

By Pedro A. Silva