Aliados de Bolsonaro endossam chapa Ratinho Júnior-Michelle para 2026 como alternativa estratégica

Aliados de Bolsonaro endossam chapa Ratinho Júnior-Michelle para 2026 como alternativa estratégica

Com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanecer ineleito em 2026, seus aliados começarão a discutir estratégias para manter a influência política do grupo na disputa presidencial. Entre as opções em debate, a formação de um partido liderado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com a ex-primeira-ministra Michelle Bolsonaro (PL) como vice-presidente, tem ganhado força dentro do círculo Bolsonaro.

Como discutido em torno do nome de Ratinho Júnior, refletimos uma tentativa de romper barreiras regionais, especialmente no Nordeste, onde lideram outros nomes, como Tereza Cristina (PP), Ronaldo Caiado (União Brasil) e até Tarcísio de Freitas (Republicanos), Eles enfrentariam dificuldades para ganhar votos. A aposta em Ratinho Júnior se baseia na popularidade de seu país, e do apresentador Ratinho, do SBT, cuja forte presença na mídia e apelo popular atinge até o eleitorado nordestino.

Por outro lado, a presença de Michelle Bolsonaro na indicação presidencial seria uma forma de reforçar a ligação direta com o eleitorado de Bolsonaro, garantindo a continuidade da influência do ex-presidente na política nacional. Seu nome, amplamente associado ao conservadorismo e ao padrão de valores morais, também resolveria um dilema interno: qual seria o papel de Michelle em 2026?

Uma das possibilidades citadas anteriormente seria a sua candidatura ao Senado do Distrito Federal, onde Michelle tem alta popularidade e fortes chances de vitória. Porém, uma vez integrado à equipe presidencial, o grupo político de Bolsonaro poderia preservar a composição de forças no Senado, oferecendo o cargo de senador a outros aliados políticos, como a deputada Bia Kicis (PL-DF), ou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que concluirá seu mandato em 2026 e é considerado um aliado estratégico.

Os arquivos de Jair Bolsonaro também surgem como peças importantes na mesa política para 2026, mas também são indícios de que ele poderá concorrer à Presidência. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já está focado na campanha para sua reeleição ao Senado, com trabalho eleitoral estruturado em todo o estado do Rio de Janeiro. Por sua vez, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve buscar a reeleição para a Câmara ou um Senado vago para São Paulo, garantindo sua relevância como um dos dois principais “candidatos ao voto” do PL, essencial para fortalecer a bancada do partido. não o Congresso.

A formação de uma chapa alternativa com Ratinho Júnior e Michelle Bolsonaro reflete a tentativa do Bolsonaro de se adaptar a um cenário político adverso, mantendo sua base eleitoral e relevância no cenário nacional. Ao mesmo tempo, esses nomes mostram um esforço estratégico para ampliar o alcance do grupo, tanto regional quanto ideologicamente, e consolidar alianças que possam fortalecer o campo conservador para as eleições de 2026.

Porém, nada foi decidido oficialmente, pois o movimento mostra que o grupo de Jair Bolsonaro continua ativo e buscando formas de continuar influenciando a política brasileira mesmo diante de possíveis limitações legais. O próximo passo será transformar essas articulações em alianças concretas, capazes de apoiar uma candidatura competitiva num cenário eleitoral cada vez mais fragmentado.

By Pedro A. Silva